terça-feira, 10 de junho de 2014

FILME MALÉVOLA (Maleficent) - 2014

Malévola é a vilã do filme A Bela Adormecida. Temida por todos, não é convidada para a celebração do nascimento da filha do rei. Rancorosa, lança uma maldição na princesa ainda bebê. Mas espera aí. É sério que a mulher ficou tão irritada por, simplesmente, não ter sido convidada para uma festa? É exatamente isso que o novo filme, em live-action (produção que combina atores reais e elementos de animação) mostra.

Tornar Malévola a protagonista nos permite conhecer a infância e adolescência da personagem. O roteiro, muito bem construído e adaptado, torna uma das maiores vilãs das histórias infantis em uma criatura como as outras, com um passado e sentimentos intensos.

Não vou me ater mais ao roteiro para não correr o risco de revelar detalhes surpreendentes da trama. Mas posso dizer que é impossível não se prender ao enredo. Além disso, temos Angelina Jolie em mais uma excelente atuação. A atriz foi, sem dúvida, uma boa escolha: forte, expressiva, com um histórico de personagens marcantes, deu à Malévola uma intensidade nunca antes imaginada.

Todo o elenco tem seus méritos, mas é evidente que Jolie se destaca. Outro destaque é sua filha, Vivienne Jolie-Pitt, de quatro anos, que representa a pequena Aurora. Juro: todos que estavam na sessão se derreteram por sua fofura e graça. Em entrevista, Angelina Jolie declarou que a filha foi a única criança que não se assustou ao ver a fantasia e se aproximava mesmo sendo tratada friamente. Nas palavras de Angelina “mesmo sendo má, não me veria como um monstro”. De fato, a atriz foi muito bem caracterizada, o que torna o figurino outro ponto forte da produção. E os efeitos especiais contribuem, sem dúvida, para grande sucesso.

Com 1h37m de duração e apesar de ter um final (na minha opinião) fraco, mas condizente com as demais produções dos estúdios Disney, o filme supera expectativas. Envolvente, divertido, traz grandes reflexões sobre personagens, seus papéis na história e mostra que, muitas vezes, nossa mente e paranoias podem ser os vilões. E, em contrapartida, um amor verdadeiro e inesperado pode ser um herói sem igual.




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